Os deputados estaduais da Bahia estão em férias, mas um projeto que tramita na Assembleia Legislativa causa polêmica no meio musical. A deputada Luiza Maia (PT) propõe que o poder público seja proibido de contratar artistas que "em suas músicas, danças ou coreografias desvalorizem, incentivem a violência ou exponham as mulheres à situação de constrangimento". A iniciativa é uma ofensiva contra as letras do "pagode baiano", gênero popular entre as classes mais pobres. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
O projeto de lei, no momento avaliado pela Comissão de Constituição e Justiça, foi assinado pelas 11 deputadas da Casa e, segundo a autora, conta com o apoio de outros 20 parlamentares. "Precisamos criar uma consciência na sociedade para que as pessoas repudiem esse tipo de arte. As mulheres não devem dançar "dando a patinha", como diz um dos hits". Ela se refere à música 'Me Dá a Patinha', do grupo Black Style, cuja letra diz "Ela é uma cadela/Joga a patinha pra cima/Me dá, sua cachorrinha". Outra música diz que "mulher é igual a lata, um chuta e outro cata". O líder da banda, Robson Costa, diz que o projeto é uma "perseguição". "A deputada tem que respeitar o gosto das pessoas. Eu faço música para o povo."
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